A volta dos que não foram

CA RAM BA.

Sei nem por onde começar... Tipo, sério. Não acredito que voltei aqui depois de tanto tempo.

Sim, tem DOIS ANOS que eu não ponho meus dedinhos aqui para atualizar o blog. E nossa, aconteceu tanta coisa nesse tempo que eu tô até meio perdida, rs.

Essa semana tenho pensado muito nisso aqui... No que esse espaço já significou pra mim, no quanto eu queria dar uma passada pra desabafar...

Ok, vamos começar pelas coisas que mudaram.

Nesses dois anos eu arrumei um emprego, me formei e noivei finalmente

Tive a louca experiência de começar a trabalhar num período tenso da faculdade - o último período, recheado de textos e artigos e monografia. Aquela coisa de faculdade-trabalho-casa foi levada a sério e foram meses conturbados, mas sobrevivi. A melhor parte é que meu trabalho - no qual continuo até hoje - é na área que eu sempre quis, mas não necessariamente tratando do assunto que eu sempre quis. Mas isso é história pra outro dia.

Acho que terminar a faculdade foi uma das minhas maiores vitórias. Se não a maior. Não posso dizer que foram anos difíceis (não sou CDF nem quero desmerecer a minha profissão, mas a faculdade de jornalismo não é difícil), mas foram anos maravilhosos em que conheci pessoas ímpares e que, com certeza, nenhum outro período da minha vida vai se igualar. Nossa, como eu sinto falta daquela rotina que eu tanto reclamava e que era pinto perto do que é hoje a minha vida, rs.

Quanto ao noivado... É um sonho se tornando real. Não vou falar muito porque realmente acredito naquela coisa de que a inveja ouve e vê tudo, mas posso dizer que estou muito feliz. Louca arrumando as coisas, mas feliz, rs.

Mas acho que o que mais mudou nesses anos fui eu mesma. Como já fiz outras vezes que fiquei ausentes, parei para ler uns posts antigos... E nossa, como eu mudei. Tudo bem, não passei da primeira página do blog sim, fiquei com preguiça, mas deu pra perceber que algumas coisas estão bem diferentes... Bem, outras nem tanto.

Uma das coisas que mudou, e muito, é que diminuí a minha ingenuidade. Parei de confiar demais e desconfiar de menos e inverti os polos. Eu, que já era desconfiada, mas não deixava transparecer muito, tô praticamente uma agente do CSI.




Acho que isso se deve ao fato de não ter conhecido pessoas boas. Sim, é triste mas é verdade. Mas acho que essas pessoas terem aparecido na minha vida me fizeram aprender que nem tudo é o que a gente pensa, nem ninguém é tão bom quanto tenta aparentar. E, Deus sabe, como tem gente ao meu redor tentando parecer o que não é, tentando parecer ser bom, quando na verdade, por dentro, a realidade é outra. 

Tem hora que sinto pena, mas no mesmo instante percebo que essas pessoas não necessitam disso. Porque no fundo, elas sabem que não estão enganando ninguém, apenas a si mesmas, e se continuam trilhando esse caminho de engano, é porque sabem o que estão fazendo.

Muitas vezes também, quase sempre, devo confessar, sinto raiva. Muita raiva. Mas aí logo cai a ficha de que se eu morrer, isso tudo vai continuar acontecendo. E nada do que eu tiver sentido vai fazer alguma diferença.

Quase sempre, nossa, tenho vontade de gritar o ódio que eu sinto por essas pessoas serem tão injustas e ao mesmo tempo pintarem uma imagem de sofredora e de que "ai-meu-Deus-não-sei-porque-essas-coisas-acontecem-comigo". Amiga (o), você sabe muito bem o porquê. 

É daí que vem minha mais nova filosofia - e que tenho tentado colocar em prática. Se tem uma coisa que meus pais me ensinaram quando era criança e que eu não dava muito valor, é que se uma pessoa te faz um mal hoje, amanhã ela vai pagar por ele. Não digo isso querendo parecer vingativa nem nada. O que venho tentado adotar nos últimos anos é a ideia de que tudo tem volta no mundo. E se hoje eu fiz algo ruim para outra pessoa, mais na frente eu vou pagar por ele. E não adianta eu tentar parecer uma pessoa melhor. Porque já deu, já foi, já fiz. Não tem mais volta.

Isso tem me deixado um pouco mais tranquila. É simples, a gente colhe o que a gente planta. Não adianta eu plantar a ignorância, a humilhação e a arrogância hoje, e amanhã tentar colocar uma terra mais fofinha pra ver se nasce outra coisa. Não, não vai nascer. Você vai colher exatamente a ignorância, arrogância e humilhação que você plantou. Não é aquela terra fofinha que você colocou depois ou a água fresca com a qual você regou sua planta que vai fazê-la mudar. A semente já está lá. 

Venho tentado ser paciente também. E me respeitar. E respeitar meus limites. Vou sempre até aonde eu consigo. Não adianta eu tentar pegar 50 kg num braço se consigo aguentar apenas 10. É esforço jogado fora, quando eu poderia simplesmente treinar mais.

Falei, falei, falei e deixei de fora a parte em que eu falo das pessoas maravilhosas que apareceram na minha vida. Sim, há flores no meio das ervas daninhas e elas fazem tudo parecer não tão nocivo assim.

Acho sim que amadureci. No fundo continuo contando piadas ruins, gostando de desenho animado e acreditando que as coisas vão melhorar. Mas passei a ver tudo com olhos diferentes e mais críticos,  principalmente em relação a mim mesma.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

=]

News, news, news...

"Estas alegrias violentas têm fins violentos...